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RADIO TROPICAL FM
Início 22/07/2020 às 00:00
Fim 02/07/2020 às 12:55

Independência da Bahia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significador de "dois de julho", veja Dois de julho.
Independência da Bahia
Parte da(o) Guerra da Independência do Brasil
Parreiras O Primeiro Passo para a Independência da Bahia.png
O Primeiro Passo para a Independência da Bahia, de Antônio Parreiras.
Data 19 de fevereiro de 1822 a
2 de julho de 1823
Local Bahia
Desfecho Adesão da Província da Bahia à independência brasileira.
Mudanças
territoriais
Recôncavo baiano
Combatentes
Flag of Kingdom of Brazil.svg Reino do Brasil Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and the Algarves.svg Reino de Portugal
Líderes e comandantes
Flag of Kingdom of Brazil.svg Pedro Labatut Flag of the United Kingdom of Portugal, Brazil, and the Algarves.svg Inácio Luís Madeira de Melo
Forças
  • 1 500 (início)–14 000 (fim)[carece de fontes]
  • Navios:
    • 1 navio de linha
    • fragatas
    • corvetas
    • 3 navios brigadeiros
    • 1 "Charrua"
    • 1 brigadeiro-escuna
    • Total: 11 navios
  • 3 000 (início)–10 500 (fim)[carece de fontes]
  • Navios:
    • 1 navio de linha
    • 2 fragatas
    • 1 "Charrua"
    • 8 corvetas
    • 2 brigadeiros
    • Total: 14 navios

Independência da Bahia[nota 1] foi um movimento que, iniciado em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, durante a Guerra da Independência do Brasil.

Aderira Salvador à Revolução liberal do Porto, de 1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel Calmon du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao estado de antes.[2] Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, e do outro, brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I.[2]

Embora antecedida pela expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco e pelas reações ao Dia do Fico, a luta pela Independência na Bahia veio antes da independência brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 7 de setembro de 1822: ao contrário da pacífica proclamação às margens do riacho Ipiranga, só ao custo de muitas vidas e batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que seu Hino afirma ter o Sol que nasceu ao 2 de julho brilhado mais que o primeiro.[3][4][5]

Em 8 de novembro de 1822, registrou-se o principal confronto, conhecido como a Batalha de Pirajá. O General Pedro Labatut, mercenário francês contratado por D. Pedro I para lutar em favor da independência do Brasil, reforçou as tropas que sitiavam a capital baiana com a Brigada do Major (depois coronel) José de Barros Falcão de Lacerda, composta por 1.300 soldados de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, que repeliu três ataques portugueses, ocasionando 80 mortes e deixando outros 80 feridos.[6][7] Em abril de 1823, chegou em Salvador a esquadra real comandada pelo Almirante inglês Thomas Cochranebloqueando o porto. Sem abastecimento de gêneros alimentícios e impossibilitados de receber reforços, os portugueses se retiraram na madrugada do dia 1 para o dia 2 de julho com as riquezas que puderam levar, e aos 2 dias do mês de julho de 1823, o Exército Libertador entrou triunfante na cidade já desocupada pelo inimigo. Durante o movimento, que se estendeu por um ano e quatro meses, houve aproximadamente 150 mortes no lado brasileiro em campo de batalha.[8]